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A mostrar mensagens de 2006

Carmina Burana

Exit diluculo rustica puella cum grege, cum baculo, cum lana nouella. Sunt in grege paruulo ouis et asella, uitula cum uitulo, caper et capella. Conspexit in caespite scholarem sedere: -Quid tu facis, domine? -Veni mecum ludere.

Chomsky Cartoons!

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«DIZ QUE É UMA ESPÉCIE DE MAGAZINE»

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Eles vem aí outra vez! É o novo programa do Gato Fedorento! Não podem perder! É hoje ás 21:30 na rtp!

Bocage e as Ninfas

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Óleo de Fernando Santos. Museu de Setúbal

Ó grande poeta!

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Nasceu a 15 de Setembro de 1765 em Setúbal e faleceu a 21 de Dezembro de 1805 em Lisboa o poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage. Filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa e da segunda sobrinha da poetisa francesa madame Marie Anne Le Page du Bocage, tradutora do Paraíso de Milton, imitadora da Morte de Abel , de Gessner, autora da tragédia As Amazonas e do poema épico em dez cantos A Columbiada , obras que lhe valeram a coroa de luros de Voltaire e o primeiro prémio da Academia de Rouen. Foi com o padre espanhol D.João de Medina que Bocage aprendeu a lingua latina, quando estava em voga a educação humanista. Ele admirava sobretudo a poesia de dois poetas: José Abnastácio da Cunha e José Monteiro da Rocha. No ano de 1779, apenas com 14 anos de idade, Bocage vai para Lisboa estudar numa instituição criada pelos conselheiros da rainha D.Maria I: a Academia real de Marinha . Aí recebe a sua formação científica durante sete anos e escreve algumas poesias. A 14 de Abril de 17

Férias, doces férias!!

Já acabaram as férias e as aulas estão quase a começar! Ficam as saudades da praia e do descanso, mas tudo o que é bom acaba depressa! e este blog que esteve mais parado do que nunca durante as férias vai continuar a andar!

Avaliação de professores!

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Santo António, Santo Casamenteiro

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Santo António olha por mim pra mais depressa casar, que cem velas e alecrim irei pôrno teu altar. ... Meu Santo casamenteiro meu santinho só esperança... Santo António milagreiro: quem espera sempre alcança.

Odisseu encontra Elpenor

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Há quanto tempo!

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É verdade hoje, não sei porquê, lembrei-me dessa figura da minha infância: o TIO PATINHAS (curioso!!) e ainda conservo lá no sotão de casa os livros de BD dele! Guardo-os para que, se um dia tiver filhos, lhes mostrar as consequências que aquilo provoca na mente das criançinhas: se querem saber eu sou uma grande forreta hoje em dia!! E aviso que ainda não descobriram a cura para esse mal!!

Vejam hoje à noite!

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O Gato Fedorento avisa!!

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Dia Mundial do Teatro

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VLADIMIR Gogo! POZZO ( apoiando-se em Lucky, que cambaleia ) O que é? Quem é? Lucky cai, deixa cair tudo, e arrasta Pozzo consigo. Ficam os dois estendidos no chão, desamparados entre a bagagem espalhada. ESTRAGON É o Godot? VLADIMIR Até que enfim! ( Aproxima-se de Pozzo e Lucky .) Até que enfim reforços! POZZO Socorro! ESTRAGON É o Godot? VLADIMIR Estávamos a começar a fraquejar. Agora temos a certeza que chegamos ao final da noite. POZZO Socorro! ESTRAGON Estás a ouvi-lo? VLADIMIR Já não estamos sozinhos à espera da noite, à espera de Godot, à espera de ... à espera. Lutámos durante a tarde inteira sem qualquer ajuda. Agora acabou. Já é amanhã. BECKETT, Samuel, En attendent Godot ( À espera de Godot ), tradução de José Vieira Mendes, Acto II, p.102-103, 2002, Lisboa, Cotovia, 2ªedição

Da Mundial da Poesia

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« três poemas » «Anton Webern está sentado no Terreiro do Paço. Com cuidado, como quem se senta na cadeira do dentista.Levanta-se e aproxima- -se do arco que revela a Rua Augusta: duas colunas sólidas "como as pernas de Eva nua, fugindo de um pântano". Eva nunca apanhou o comboio para o sul. Mas esta noite, enquanto se dirigia ao frigo- rífico com a velocidade do girassol, roçou a anca esquerda na gaveta dos talheres que caiu no chão: rápida tenda que o ruído mon- tou na cozinha.Depois abriu a porta do fri- gorífico que invadiu de pouca luz a parte inferior da cena: garfos, facas, os pés des- calços de Eva enquanto come melancia. Hoje no Terreiro do Paço está reunido um grupo de engenheiros. Alguma coisa incó- moda aconteceu, estão de costas para o rio. O chão está cheio de fósforos gastos.Ao cair da tarde chega Minna Webern e o seu vestido azul escuro. Os engenheiros disfarçam a aflição. "Viva, que se passa?" "Absoluta- mente nada, estamos conte

Máxima Oriental

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«O pensamento deve alimentar a palavra. A palavra deve vestir o pensamento.»

Poesia II

Cheguei.Chegaste.Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada, E a alma de sonhos povoada eu tinha... E parámos de súbito na estrada Da vida: longos anos presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que o teu olhar continha. Hoje segues de novo... Na partida, Nem o pranto dos teus olhos humedece, Nem te comove a dor da despedida. E eu, solitário, volto a face, e tremo, Vendo o teu vulto, que desaparece, Na extrema curva do caminho extremo. Olavo Bilac

Poesia I

Há palavras que nos beijam Como se estivessem na boca, Palavras de amor, de esperança, De imenso amor, de esperança louca. Palavras nuas que beijas Quando a noite perde o rosto, Palavras que se recusam Aos muros do teu desgosto. De repente coloridas Entre palavras sem cor, Esperadas, inesperadas Com a poesia ou o amor. (O nome de quem se ama Letra a Letra revelado No mármore distraído, No papel abandonado) Palavras que nos transportam Aonde a noite é mais forte, Ao silêncio dos amantes Abraçados contra a morte. Alexandre O'Neill

Urgentemente

É urgente o Amor, É urgente um barco no mar. É urgente destruir certas palavras ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas. É urgente inventar a alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras. Cai o silêncio nos ombros, e a luz impura até doer. É urgente o Amor, É urgente permanecer. Eugénio de Andrade, Antologia Breve

Sete anos de pastor Jacob servia

Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; Mas não servia ao pai, servia a ela, E a ela só por prémio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, Passava, contentando-se com vê-la; Porém o pai, usando de cautela, Em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor, que com enganos Lhe fora assi negada a sua pastora, Como se a não tivera merecida; Começa de servir outros sete anos, Dizendo: -Mais servira, se não fora Para tão longo amor tão curta a vida! Camões, Sonetos

Acerca do Amor

Omnia vincit Amor: et nos cedamus Amori O Amor tudo vence: também nós cedamos ao Amor. Vergílio, Bucólica X ,69

As Amoras

O meu país sabe a amoras bravas no verão. Ninguém ignora que não é grande, nem inteligente, nem elegante o meu país, mas tem esta voz doce de quem acorda cedo para cantar nas silvas. Raramente falei do meu país, talvez nem goste dele, mas quando um amigo me traz amoras bravas os seus muros parecem-me brancos, reparo que também no meu país o céu é azul. Eugénio de Andrade, "O Outro Nome da Terra"

Acerca do conceito de contradição

«As coisas com que concordamos deixam-nos inactivos, mas a contradição torna-nos produtivos.» Susan Sotang, O amante do vulcão

As palavras

São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta?Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras? Eugénio de Andrade

Notícia!

Hoje estava a ler o Ininmigo Público e na primeira página dizia o seguinte: «Já só faltam dez anos para Cavaco Silva deixar a Presidência da República». Não sei se hei-de rir ou se hei-de chorar!!

Hoje é dia de poesia!!

Não só quem nos odeia ou nos inveja Nos limita e oprime; quem nos ama Não menos nos limita. Que os deuses me concedam que, despido De afectos, tenha a fria liberdade Dos píncaros sem nada. Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada É livre; quem não tem, e não deseja, Homem, é igual aos deuses. RICARDO REIS, Odes , Clássica Editora

«Dentadura para pensar melhor»

Hoje de manhã estava a ler o jornal O Metro quando me surpreendi com a notícia sobre um estudo feito na Universidade de Quioto no Japão. O estudo pretende provar que «as pessoas que usam dentadura não só tratam dos seus problemas bucais como garantem uma melhor performance cerebral.» Não é estranho?

Provérbio

«Quando a esmola é grande, o pobre desconfia!»

As eleições presidenciais!

Hoje lá fui votar, mas continuo a pensar: será que vale apena mudar, porque o presidente vai ser outro, mas continua tudo na mesma!

CARPE DIEM

"Colhe o dia" ou "disfruta o momento" diz-nos o poeta latino Horácio na Ode I, 11.