Mensagens

A mostrar mensagens de 2009

FELIZ ANO NOVO!

Imagem
Anum Novum faustum felicem vobis omnibus exoptamus A comemoração ocidental do Ano Novo tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1 de Janeiro como o Dia do Ano Novo em 46 a.C. Os Romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus das portas e das passagens. O mês de Janeiro deriva do nome de Jano, que foi acrescentado ao calendário por Numa Pompílio (715 – 672 a.C.), o sucessor de Rómulo (1.º rei de Roma). O deus é representado simbolicamente por duas faces: uma voltada para trás (o passado) e outra voltada para a frente ( o futuro). No seu templo as portas eram abertas em tempo de guerra e fechadas em tempo de paz.

Sem remédio!

Tudo o que sou não é mais do que abismo Tudo o que sou não é mais do que abismo Em que uma vaga luz Com que sei que sou eu, e nisto cismo, Obscura me conduz. Um intervalo entre não-ser e ser Feito de eu ter lugar Como o pó, que se vê o vento erguer, Vive de ele o mostrar. Fernando Pessoa, Poesias

Liberdade!

Ai que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não o fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. O sol doira Sem literatura. O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como tem tempo não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto é melhor, quando há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca. O mais do que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca... Fernando Pessoa, Poesias

D. SEBASTIÃO Rei de Portugal

Louco, sim, louco, porque quis grandeza Qual a Sorte a não dá. Não coube em mim minha certeza; Por isso onde o areal está Ficou meu ser que houve, não o que há. Minha loucura, outros que me a tomem Com o que nela ia. Sem a loucura que é o homem Mais que a besta sadia, Cadáver adiado que procria? Fernando Pessoa, Mensagem

O DOS CASTELOS

Imagem
A Europa jaz, posta nos cotovelos: De Oriente a Ocidente jaz, fitando, E toldam-lhe românticos cabelos Olhos negros lembrando. O cotovelo esquerdo é recuado; O direito é um ângulo disposto. Aquele diz Itália onde é pousado; Este diz Inglaterra onde, afastado, A mão sustenta, em que se apoia o rosto. Fita, com olhar esfíngico e fatal, O Ocidente, futuro do passado. O rosto com que fita é Portugal. Mensagem , de Fernando Pessoa

EUROPA

Imagem
"Zeus e Europa", de Alexandru Radvan (2004) Europa, filha de Argíope e Agenor, era natural de Sídon. Júpiter, transformado em touro, levou-a de Sídon para Creta, e dela gerou Minos, Sarpédon e Radamante. Agenor, seu pai, enviou os filhos para trazer de volta a irmã, ou não voltassem eles à sua presença. Fénix partiu para África e aí se fixou; é por isso que os Africanos são chamados Púnicos. Cílice, com o seu nome baptizou a Cilícia. Cadmo, andando errante, chegou a Delfos; aí recebeu um oráculo, segundo o qual devia comprar a uns pastores um boi que tivesse nas costas a marca da lua, e levá-lo consigo; onde o animal caíssepor terra, aí estava destinado a fundar uma cidade e a reinar sobre ela. cadmo, ao escutar o oráculo, cumpriu as suas ordens e, enquanto procurava água, chegou à fonte castália, guardada por uma serpente, filha de Marte. A serpente matou os seus companheiros e ele, por sua vez, matou-a com uma pedra; seguindo as indicações de Minerva, semeou e arou os

EVROPA

Imagem
Europa Argiopes et Agenores filia Sidonia. Hanc Iuppiter in taurum conuersus a Sidone Cretam transportauit et ex ea procreauit Minoem Sarpedonem Rhadamanthum. Huius pater Agenor suos filios misit ut sororem reducerent aut ipsi in suum conspectum non redirent. Phoenix in Africam est profectus, ibique remansit; inde Afri Poeni sunt apellati. Cilix suo nomine Ciliciae nomen indidit. Cadmus cum erraret, Delphos deuenit; ibi responsum accepit ut a pastoribus bouem emeret qui lunae signum in latere haberet, eumque ante se ageret; ubi decubuisset, ibi fatum esse eum oppidum condere et ibi regnare. Cadmus sorte audita imperata perfecisset et aquam quaereret, ad fontem Castalium uenit, quem draco Martis filius custodiebat. Qui cum socios Cadmi interfecisset a Cadmo lapide est interfectus, dentesque eius Minerua monstrante sparsit et arauit, unde Spartoe sunt enati. Qui inter se pugnarunt. Ex quibus quinque superfuerunt, id est Chthonius Vdaeus Hyperenor Pelorus et Echion. Ex boue autem quem

Fábulas de Higino

Imagem
Caio Júlio Higino ( Caius Julius Higinus, 64 a.C.-17 d.C.) foi um ilustre escritor, discípulo de Alexandre, o Polímata, e amigo de Ovídio. Algumas fontes dão este autor como oriundo da Península Ibérica, provavelmente em Valência. Na mesmas fontes é também chamado "o liberto de Augusto", por ter sido escravo. Foi pela sua cultura e erudição que chegou a estar à frente da Biblioteca do Templo de Apolo, no monte Palatino, e aí exerceu a função do ensino da Filosofia. Embora Higino se tenha ocupado de diversas áreas do saber como a Ciência, a História, a Religião, a Astronomia e a Filosofia, contudo é-lhe atribuído uma obra de Fábulas ( Fabulae ), que contem narrativas sobre a mitologia. Essas fábulas são, no entanto, um manual sobre a mitologia agrupado em três secções: 1-Árvores geneológicas dos deuses e dos heróis; 2-Narrativas individuais (mitos); 3-Os índices ou recompilações em forma de lista.

C. Plínio ao seu amigo Sósio Senecião

Este ano trouxe-nos grande abundância de poetas. Em todo o mês de Abril quase nenhum dia houve em que alguém não lesse a sua produção. Sinto-me feliz, porque florescem estes estudos, porque desabrocham e aparecem à luz do dia as capacidades dos homens, embora se vá para as audições com uma certa relutância. Muitos ficam sentados nos locais de convívio e passam o tempo da audição em conversas, e, de vez em quando, pedem que se lhes diga se quem vai ler já entrou (...). Então, finalmente, e só então, entram sem pressas e com todo o vagar. E nem sequer ficam até ao fim, mas retiram-se antes do termo, uns disfarçadamente e pé ante pé, outros com todo à vontade e descaramento. (...) Agora, quem não tem nada que fazer, embora convidado com muita antecedência e muitas vezes avisado, não vem, ou, se vem, queixa-se de ter perdido o dia, uma vez que não o perdeu. Em contrapartida, por maioria de razão, são de louvar e aplaudir aqueles a quem esta indolência ou altivez dos ouvintes nã

RECITATIONES

Plínio regozija-se com a grande abundância de produções poéticas, mas entristece-se por causa da indifernça do público em assistir às ' recitationes '. C. PLINIVS SOSIO SENECIONI SVO S. Magnum prouentum poetarum annus hic attulit; toto mense Aprili nullus feres dies, quo non recitaret aliquis. Iuuat me, quod uigent studia, proferunt se ingenia ominum et ostentant, tametsi ad audiendum pigre coitur. Plerique in stationibus sedent tempusque audiendi fabulis conterun ac subinde sibi nuntiari iubent, an iam recitator intrauerint (...); tunc demum ac tun quoque lente cunctanterque ueniunt; nec tamen permanent, sed ante finem recedunt, alii dissimulanter et furtim, alii simpliciter et libere. (...) Nunc otiosissimus quisque multo ante rogatus et identidem admonitus aut non uenit aut, si uenit, queritur se diem, quia non perdiderit, perdidisse. Sed tanto magis laudandi probandique sunt, quos a scribendi recitandique studio haec auditorum uel desidia uel super
Imagem
Caius Plinius Secundus (Caio Plínio Cecílio Segundo) ou, também, conhecido por Plínio - o - Jovem (62 - 133 d.C.). Era sobrinho-neto de Plínio - o - Velho, e foi um importante historiador e epistológrafo. Do seu legado principal ficaram-nos as Cartas , que foram escritas durante o seu consulado na Bitínia (111 d.C.). Nelas encontram-se as melhores descrições da vida quotidiana (política, social, etc) da Roma do período imperial. Estão agrupadas em 10 livros, e o décimo é dedicado ao cristianismo, sendo, assim, um dos primeiros documentos sobre a igreja primitiva.

Poesia Grega

Ἐννέα τὰς Μούσας φασίν τινες· ὡς ὀλιγώρως· ἡνίδε καὶ Σαπφὼ Λεσβόθεν ἡ δεκάτη. [Platão], AP 9.506 Tradução: Nove são as musas, dizem alguns; que descuidados! Vejam, Safo de Lesbos é a décima.

Línguas Clássicas

Imagem
http://www.ac-nancy-metz.fr/enseign/lettres/languesanciennes/

Provérbios sobre o amor

A quem corre uma noite fria para me encontrar, muito amor tenho que lhe dar. Amor a ninguém dá honra, e a muitos dá dor. Amor ausente, amor para sempre. Amor com amor se paga e com desdém se apaga. Amor de praia fica enterrado na areia. Amor forasteiro, amor passageiro. Amor sem vintém não governa ninguém. Amor verdadeiro não envelhece. Amor, amor, princípio mau, fim pior. Amores zangados, amores dobrados. Antes pouco com amor que muito com rigor. De amor se vive, de amor se morre. Feliz ao jogo, infeliz aos amores. Lua de Janeiro e amor primeiro. Mãos frias, coração quente, amor ardente. Não há mal que sempre dure, nem amor que não perdure. O amor é cego e a amizade fecha os olhos. O amor é como a lua, quando não cresce mingua. Por mais que o amor se encubra, mal se dissimula. Quem casa por amores, maus dias, noites piores. Quem casa por amores, sempre vive com dores. Quem dorme com os olhos Abertos, não tem amores certos. Um dia segue outro, como um amor faz esquecer outro.
The look of love is in your eyes A look your smile can't disguise The look of love is saying so much more than just words could ever say And what my heart has heard, well it takes my breath away I can hardly wait to hold you, feel my arms around you How long I have waited Waited just to love you, now that I have found you You've got the Look of love, it's on your face A look that time can't erase Be mine tonight, let this be just the start of so many nights like this Let's take a lover's vow and then seal it with a kiss I can hardly wait to hold you, feel my arms around you How long I have waited Waited just to love you, now that I have found you Don't ever go Don't ever go I love you so

O LUGAR DO AMOR

Voltamos sempre ao local do crime e ao lugar do amor: um lugar quente que nos acolhe pela vida fora, pela vida dentro, queremos voltar: a cozinha do tamanho da casa, o fogão crepitava como lareira acesa todo o dia, a mesa ao centro e nós à volta correndo, aceitando o que nos davam, apanhando o que queríamos. Ah, os risos na cozinha, as vozes atarefadas, os braços das mulheres os filhos pequenos que andavam por ali, os filhos dos outros que entravam porque estava quente, havia comida e as brincadeiras eram uma carícia nas suas vidas: todos nos criávamos por ali, a cozinha criava-nos, um avental limpava-nos as mãos, a azáfama aquecia a alma, as correrias coravam-nos as faces e de nada tínhamos fome. Era um bulício que durava até à noite, a noite das mulheres acesas até altas horas. Dormíamos no doce afago dos pais, os outros onde a vida deixa. Amassava-se o pão no nosso sono. Todos nos criámos por ali: a cozinha era o lugar do amor: amassar o pão com a poesia. BRANCO, Rosa Alice. (2002).

SE ME ESCOLHERES

Se me escolheres Me quiseres como te quero Se pegares em mim E me guardares Protege-me E abriga-me Não me deixes fugir Não me largues E faz-me tua Faz-me tão tua E única E diferente de todos… Se me escolheres Me quiseres como te quero Ama-me sempre Sem mentira Sem medo Sem vontade de fugir Com vontade de querer E com desejo De viver, rir Crescer…E faz de nós UmTão forte, grande Único Como a escolha feita De nos querermos Neste para sempre Que é só nosso Agora… FERRO, Mª Ana. (2007). Vinho, Velas e Valquírias . D.G. Edições

ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS

Folha de papel Procuro arrumador de palavras Para estacionamento criativo. _______________________ Solução certa procura Um problema à sua altura Com quem possa partilhar Uma vida sem incógnitas. Teresa Guedes, Em Branco , Ed. Caminho

ESQUERDIREITA

À esquerda da minoria da direita a maioria do centro espia a minoria da maioria de esquerda pronta a somar-se a ela para a minimizar numa centrista maioria mas a esquerda esquerda não deixa. Está à espreita de uma direita, a extrema, que objectivamente é aliada da extrema-esquerda. Entretanto extra-parlamentar (quase) o Poder Popular vai-se reactivar, se… Das cúpulas (pfff!) nem vale a pena falar, que hão-de pular! Quanto à maioria da esquerda ficará ― se ficar ― para outro poema. (Alexandre O'Neill)

O cigarro e a cigarra

Casei um cigarro com uma cigarra fizeram os dois tremenda algazarra. porque o cigarro não sabe cantar e a cigarra detesta fumar. Não digam que errei (mania antipática) só cumpri a lei que manda a gramática.                                                  Luísa Ducla Soares, Manuel António Pina, O Inventão Poemas da Mentira e da Verdade

Os direitos do leitor!

Imagem

Adoratio Magorum

Imagem
Cum natus esset Jesus, in Bethlehem Juda, in diebus Herodis regis, ecce Magi ab Oriente venerunt Jerosolymam dicentes: Ubi est qui natus est rex Judeorum? Vidimus enim stellam ejus in Oriente et venimus adorare eum. Et intrantes domum, invenerunt puerum cum Maria matre ejus, et procidentes, adoraverum eum. Mt 2:1-11 Tradução: Adoração dos Magos Tendo nascido Jesus, em Belém (de) Judá, nos dias do rei Herodes, eis (que) Magos do Oriente vieram a Jerusalém dizendo: Onde está aquele que nasceu o rei dos Judeus? Vimos, pois, a estrela dele no Oriente e viemos adorá-lo. E entrando na casa, encontraram o menino com Maria mãe dele, e inclinando-se, adoraram-no. ( http://www.geocities.com/Athens/Agora/1417/PLatim.htm ) L'Adoration des Mages, Peter Paul Rubens (1660)

FIM DE ANO!

Adeus ano velho Feliz Ano Novo Que tudo se realize No ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso saúde pra dar e vender Para os solteiros Sorte no amor Nenhuma esperança perdida Para os casados Nenhuma briga Paz e sossego na vida Composição: Francisco Alves e David Nasser

ORIGEM DO ANO NOVO!

Imagem
JANO: o deus das duas faces O Ano-Novo é comemorado desde os calendários babilónicos (2800 a.C.) até ao calendário gregoriano (1582). Durante esse período esta comemoração mudou muitas vezes a sua data. A passagem de ano foi comemorada pela primeira vez na Mesopotâmia cerca de 2000 a.C. Na Babilónia, a festa começava durante a lua nova, quando se iniciava o equinócio da primavera, ou seja, no calendário actual em 19 de Março. Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o Ano Novo no dia 23 do mês de Setembro. Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de Dezembro e desfilavam com um bébé dentro de um cesto para homenagear Doniso, deus do vinho e da fertilidade. A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o dia 1 de Janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada par