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A mostrar mensagens de agosto 5, 2012

Poesia de Catulo

Beijemo-nos, apenas... Não. Beijemo-nos, apenas, Nesta agonia da tarde. Guarda Para um momento melhor Teu viril corpo trigueiro. O meu desejo não arde; E a convivência contigo Modificou-me - sou outro... A névoa da noite cai. Já mal distingo a cor fulva Dosa teus cabelos - És lindo! A morte, devia ser Uma vaga fantasia! Dá-me o teu braço: - não ponhas Esse desmaio na voz. Sim, beijemo-nos apenas, Que mais precisamos nós? CATULO, Carmina , Tradução de António Botto Fonte:  http://cseabra.utopia.com.br/poesia/poesias/0135.html