Elogio de Vila Viçosa, de Manuel da Costa
VILA VIÇOSA
Est apud herbosos campos, quos perluit undis
Lusitanus Anas, castellum moenibus albis
Conspicuum. Villam laetam dixere coloni,
Quod regio donis Cereris flauaeque Mineruae
Arboribus necnon Bacchaeo palmite felix
Perpetuos habeat flores aurasque salubres
Et liquidos fontes. Hinc est mihi dulcis origo,
Hic humiles tenuesque mei uixere parentes.
Hanc sibi dilectam sedem magis omnibus olim
Incoluere Duces, quibus urbs Brigantia paret.
Hic et opes, neruos bellorum, hic arma reponunt.
Et debellato quaesita ex hoste tropaea.
MARQUES, Susana. (2005). Dois Epitalâmios de Manuel da Costa (Séc. XVI). Introdução. Tradução. Notas e Comentários. Coimbra: FLUC. (vv.112-123)
TRADUÇÃO:
Há entre os verdes campos que o luso Guadiana banha com as suas águas um castelo notável de brancas muralhas. Os que fundaram o lugar chamaram-lhe Vila Viçosa, porque a região, próspera nos dons de Ceres, nas árvores da loura Minerva e também na planta de Baco, tem flores continuadamente, ares saudáveis e fontes límpidas. Daqui é a minha doce origem; aqui viveram os meus humildes e pobres pais.
Habitaram outrora este lugar, mais dilecto para eles que qualquer outro, os duques aos quais a cidade de Bragança obedece. Aqui estão as suas riquezas, nervo das guerras, aqui guardam as suas armas e os troféus arrebatados ao inimigo debelado.
PAÇO DUCAL
CASTELO
CASTELO
TAPADA REAL
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