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A mostrar mensagens de janeiro 14, 2018

Nascemos para amar

Nascemos para amar; a Humanidade Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura. Tu és doce atrativo, ó Formosura, Que encanta, que seduz, que persuade. Enleia-se por gosto a liberdade; E depois que a paixão na alma se apura, Alguns então lhe chamam desventura, Chamam-lhe alguns então felicidade. Qual se abisma nas lôbregas tristezas, Qual em suaves júbilos discorre, Com esperanças mil na ideia acesas. Amor ou desfalece, ou para, ou corre; E, segundo as diversas naturezas, Um porfia, este esquece, aquele morre. BOCAGE, 1969. Opera Omnia . Vol. 1.