Não há machado que corte
A raiz do pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte

Se ao morrer o coração

Morresse a luz que lhe é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão

Nada apaga a luz que vive

Num amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre


Carlos de Oliveira, O Nosso Amargo Cancioneiro

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