"A Memória"

São raros aqueles que teimam em viver, sob a excomunhão do Maior Número, que os crisma de malucos, poetas, criminosos, mágicos! Mas que admirável espectáculo, o do homem que vive, até à hora da sua morte! Eu vos abençoo, malucos, lunáticos, mágicos, criminosos, poetas! E os que saem para a rua, sem chapéu, por divino esquecimento! E os que vão a falar só, pelos caminhos... e os que olham a lua, latindo intimamente... e os que se não conformam, os que não seguem a lei e o costume, todas as criaturas onde o campo o anjo da infância sobrevive.

Teixeira de Pascoaes, Verbo 
Escuro, "A Memória", Assírio & Alvim.

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